Dica de Viagem: Paris
10/06/2015Tadeu L.
Minha esposa e eu viajamos pela primeira vez a Paris em abril de 2014, e
apesar te termos gostado da viagem (eu muito mais do que minha esposa),
sabíamos que a experiência poderia ter sido bem melhor, por diversos motivos,
portanto decidimos que tirar férias novamente em Paris, em 2015, seria muito
interessante.
E posso afirmar que foi a melhor decisão que tivemos! Então gostaria de
dividir essas pequenas dicas com aqueles que estão para viajar a Paris pela primeira
vez e com os que já foram e não tiveram uma impressão tão bacana mas gostariam
de voltar para tirar essa má impressão dessa cidade tão maravilhosa e romântica
que é Paris.
Torre Eiffel
Vamos às dicas?
A ESCOLHA DO BAIRRO (ARRONDISSEMENT)
Em nossa primeira viagem, nos hospedamos perto da estação do mêtro Place
de Clichy, no 18º arrondissement, pertinho do Moulin Rouge. Apesar de ser um
bairro muito mais seguro do que o centro de São Paulo, no Brasil, não sentimos
ser um local em que poderíamos andar de noite à vontade, muito menos me sentia
confortável com a ideia de que minha esposa caminhasse sozinha à noite.
Em nossa segunda ida a Paris, optamos pelo bairro do Quartier Latin, no
5º arrondissement, próximo à estação de mêtro Place Monge, e a alguns passos da
Rue Mouffetard (conhecida por seus ótimos restaurantes). Adoramos nos hospedar
aqui, pois o bairro é super calmo e silencioso, com ótimos restaurantes, um
Carrefour, diversas boulangeries e a Marché Mouffetard bem pertinhos e com a
maioria dos pontos turísticos próximos, então nem precisamos pegar muito mêtro
ou táxis por Paris. A proximidade foi um fator muito importante na escolha do
local, já que em nossa primeira vez gastávamos bastante tempo nas linhas
subterrâneas de Paris, com diversas baldiações, "presos" no mêtro,
acho que "perdíamos" cerca de 1:20 hr por dia na locomoção para o
mêtro e dentro dos trens.
Dessa vez pegamos mêtro somente umas 3 vezes e andamos muito mais por
Paris. Prefiro andar 1:20 hr pelos bairros de Paris, a ficar esse tempo dentro
do mêtro, afinal já andamos bastante de mêtro em São Paulo, e posso afirmar que
nossos mêtros são bastantes bons também, o que estraga em São Paulo é a
pouquíssima extensão de nossas linhas e a excessiva concentração de pessoas em
algumas poucas estações como a Sé, Paraíso e toda linha vermelha. Chega de
desabafo.
A ESCOLHA DO APARTAMENTO
Algo que acertamos em ambas as viagens foi a forma para encontrarmos o
apartamento, pois não queríamos nos hospedar em hotel, pois gostamos de ter a
opção de cozinhar algumas vezes em casa, e de poder viver, mesmo que por
pouquíssimos dias, em um apartamento como verdadeiros locais. Nas duas vezes
utilizamos o site homelidays.com e não tivemos nenhum problema com a locação e
fechamento de contrato. Para os marinheiros de primeira viagem, vai uma dica
preciosa: só pesquise apartamentos que já tenham opiniões de locadores (avis),
para ter mais segurança quanto ao anúncio.
Em relação ao andar do apartamento, fique atento para não pegar um andar
muito alto, já que provavelmente virá com malas, mas caso opte por um andar
alto, veja se há elevador no prédio. Os dois prédios em que alugamos os aps não
possuiam elevadores. Outra dica é não pegar um apartamento no térreo, pois em
nossa primeira vez ficamos no térreo e era muito desagradável abrirmos as
cortinas e darmos de cara com um transeunte. Em nossa segunda vez, optamos pelo
1º andar e tivemos nossa privacidade garantida.
Abaixo estão algumas fotos do apartamento onde nos hospedamos:
Sala de estar e de refeições
Ducha
Cozinha
Quarto
Caso alguém goste e queira se hospedar nesse apartamento, posso
passar o contato do locatário do segundo apartamento onde nos hospedamos, mas
por email ok?
A ESCOLHA DO MÊS
Aqui talvez seja mais uma questão de sorte do que escolha, porque no ano
anterior havíamos ido no início de abril, e pegamos um tempo bem gelado,
passamos bastante frio, equivalente aos nossos dias mais frios em São Paulo. E
já dizia a música “J’aime Paris au mois de mai”, maio foi uma escolha muito
feliz para nossa revisita, pois pegamos uma excelente temporada, com dias bem
ensolarados, e dias longos, pois o sol só se punha lá pelas 21:00, frio na
sombra, mas quentinhos no sol. E preciso frisar a nossa sorte, pois soubemos
que na semana anterior à nossa chegada, o casal que se hospedou no mesmo
apartamento pegou dias foram bem chuvosos e frios.
Pôr do Sol às 21:10 às margens do Rio Sena
REMÉDIOS
Esse foi um dos pontos essenciais à qualidade de nossa viagem. Em Paris,
e não sei se isso ocorre em toda a Europa, não se vendem remédios
anti-inflamatórios sem receita médica. No máximo vendem um remédio que alivie a
inflamação, mas não chega a sarar, dependendo do nível da inflamação. E no ano
passado descobrimos Isis da pior forma possível: minha esposa e eu (minha
esposa, em especial) ficamos com a garganta inflamada. Eu acabei melhorando no
decorrer da viagem, mas minha esposa só foi piorando, e como não nos vendiam os
remédios que precisávamos, a viagem foi bem cansativa para minha esposa.
Dessa vez fomos muito bem preparados para qualquer mal-estar que
pudéssemos enfrentar em Paris. Levamos anti-inflamatórios, remédio para
indigestão, e fizemos o seguro viagem, do Visa Platinum, para cobrir qualquer
despesa médica que viéssemos a precisar cobrir. Minha esposa nem precisou tomar
remédios dessa vez, mas eu tomei anti-inflamatório, uma única vez, e algumas
vezes tomei remédio contra indigestão, que por sinal me salvaram!
A ESCOLHA DO TRANSPORTE (TRAJETO: AEROPORTO CHARLES DE GAULLE PARA O
APARTAMENTO):
UBER EM PARIS
Em nossa primeira viagem pegamos o RER para a estação Gard du Nord e de
lá pegamos o mêtro até a estação Place de clichy. Dessa vez resolvemos testar o
aplicativo UBER, que é um aplicativo que permite que um prestador de serviço de
transporte (uma pessoa física), que tenha também o Uber, lhe dê uma
"carona" paga, via cartão de crédito. Ao se cadastrar no aplicativo,
nós fornecemos um número de cartão de crédito para efetuar os pagamentos do
serviço de transporte. Do aeroporto Charles de Gaulle para o Quartier Latin a
corrida custou 35 Euros, contando com o desconto que o UBER dá ao primeiro uso,
portanto bem mais barato que um táxi e um pouco mais caro que o transporte
público, RER e mêtro. Além de o preço ser bem acessível, o fato de não precisar
carregar malas pelo mêtro, subir e descer escadas com todo aquele peso,
além de não corrermos o risco de ser assaltado pelos pick pockets nos mêtros de
Paris, nos ajudaram muito a nos decidirmos pelo UBER. Agora falarei um pouco
sobre nossa experiência com o UBER...
Quando chamamos o motorista pelo Uber, informamos nosso destino final.
Como o próprio aplicativo utiliza o sistema GPS do celular, o motorista sabia
onde nos buscar. Ao subir no carro, o motorista nos ofereceu água, água com gás
e balas. Quanto ao idioma, nas quatro corridas com o UBER em Paris, três
falavam inglês muito bem, e apenas um só falava francês, porém não houve
dificuldades, pois o destino é informado no próprio aplicativo e no mapa do
UBER mostra o caminho que o motorista deve seguir, é igual ao GPS mesmo.
Ah.. O motorista perguntou-nos se queríamos pagar em dinheiro, mas nós
recusamos, pois havíamos lido que o próprio aplicativo já desconta do nosso
cartão de crédito informado, e depois soubemos que, caso o motorista cancele a
viagem, se passados dez minutos (acho que era isso), são debitados do cartão
cerca de 10 Euros.
Um aviso: em São Paulo, ouvi falar que o UBER foi proibido pelo
prefeito, e que em Paris os taxistas estão reclamando da concorrência, portanto
verifique no Dr. Google se existem restrições quanto ao uso do aplicativo.
USO DE INTERNET NO CELULAR:
Em nossa primeira viagem a Paris não conseguimos comprar um chip com
internet, portanto usávamos a WIFI do apartamento onde estávamos hospedados
para pesquisar por lugares e caminhos no Google map. Foi bem difícil ficar sem
internet nas ruas de Paris, pois passear a pé e começar a se perder é
relativamente fácil em um lugar onde você não está habituado a se locomover.
Na segunda vez, fizemos questão de termos internet no celular assim que
saíssemos do aeroporto. Descobrimos que os chips pré-pagos possuem planos com
internet, e nas lojinhas da Rely encontramos alguns chips de diferentes marcas.
Compramos por 39,90 Euros o chip da Orange com 120 minutos de ligações
(acho que locais) mais 1 GB de internet, e nossa viagem ficou perfeita, durante
os 15 dias de férias em Paris.
Para mais informações a respeito de internet, segue um link:
http://www.conexaoparis.com.br/2014/03/19/solucao-para-celular-habilitado-e-conexao-internet-em-paris/
USO DO TRIP ADVISOR:
Quando viajamos pela primeira vez a Paris, não tínhamos internet no
celular e nos esquecemos completamente do Trip Advisor, erro nosso. Dessa vez,
usamos muito o aplicativo e não poderíamos ter sido mais felizes. Sei que
algumas pessoas, inclusive eu era um desses, acham que isso acaba com a
espontaneidade de uma viagem, mas acho que por não sermos locais, é melhor se
prevenir. Até porque, mesmo em São Paulo, falando a língua fluentemente, já é
fácil cairmos em um restaurante de má qualidade, com preços caríssimos, imagine
em um País onde você mal fala a língua dos locais.
Seria diferente se tivéssemos amigos que morassem em Paris, mas
infelizmente não é o caso.
Com o uso do aplicativo, todos os restaurantes que fomos foram de muito
bons a fantásticos. Não viajamos mais sem ele, e até incorporamos ele no nosso
dia-a-dia.
Vou listar aqui os restaurantes que mais gostamos: Mouffetard Saigon’s;
La Crete; Café Constant; Au P’tit Grec; L’As du Fallaffel; Robert et Luise.
DICA PARA MULHERES (COSMÉTICOS):
Descobrimos, meio que sem querer, que as Pharmacies em Paris vendem
cosméticos a preços bem menores do que no Brasil.
Na Pharmacie em que fomos (Pharmacie Monde), havia inclusive uma
francesa, Elise, que falava português para atender ao público brasileiro. Nas
três vezes em que fomos a essa pharmacie, encontramos um grupo de brasileiras
comprando alucinadas, rsrs.
Segue o link da pharmacie monge só para ver como os produtos são mais
baratos por lá:
http://www.pharmacie-monge.fr/
Bom, acho que por enquanto é isso!
Espero que nossas dicas possam ajudar a quem estiver planejando uma
viagem a Paris. Qualquer dúvida, só dizer.
Até a próxima!